sábado, 20 de fevereiro de 2010

Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres

"Também era bom que não viesse tantas vezes quanto queria: porque ela poderia se habituar à felicidade. Sim, porque em estado de graça se era muito feliz. E habituar-se à felicidade, seria um perigo social. Ficaríamos mais egoístas, porque as pessoas felizes o eram, menos sensíveis à dor humana, não sentiríamos a necessidade de procurar ajudar os que precisavam - tudo por termos na graça a compreensão e o resumo da vida"

Página 136. Clarice.

5 comentários:

  1. Não consigo mais comentar seus posts. A voz não sai.

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  2. verdade, quando a gente está numa boa esquece o mundo...

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  3. É que a conexão é tanta que prende o que tá garganta abaixo.

    Quando você coloca Clarice aqui - e especialmente o "Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres" - a gente (eu, quero dizer) dá inesperadamente de cara com o espelho, que nesses casos não é distorcido, e aí termina por tomar um susto. Ou uma rajada de ar fresco. Depende do quanto estamos acostumados à felicidade.

    Beijo.

    P. S.: Essa sua foto está linda!

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  4. Trigo,
    Não é???
    Mari,
    Por mais batido que seja: beauty is in the eye of the beholder.
    Beijos

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