quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lya Luft

Acabei o livro de poesias. Adorei. E "Ainda Infância":

"Nem sótão nem porão,
na minha casa real. Nem mar:
porém as águas chegavam,
varando as negativas e os silêncios.
Não havia como não embarcar.

Jardins, morros azuis, fantasmas
nas janelas: para sobreviver, podei
a árvore dos pressentimentos,
calei o vento e sua voz
de folhas.
Crescer
foi desistir de a escutar."

Um comentário:

  1. Esses posts tem que vir com uma advertencia sobre o risco de nos fazerem pensar muito, e chorar as vezes.
    Grata.

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