Trecho do conto do Caio F. Abreu:
"Entre aquele quando e aquele depois, não havia nada mais na minha cabeça nem na minha vida além do espaço em branco deixado pela ausência de Ana, embora eu pudesse preenchê-lo - esse espaço branco sem Ana - de muitas formas, tantas quantas quisesse, com palavras ou ações. Ou não-palavras e não-ações, porque o silêncio e a imobilidade foram dois dos jeitos menos dolorosos que encontrei naquele tempo, para ocupar meus dias, meu apartamento, minha cama, meus passeios, meus jantares, meus pensamentos, minhas trepadas e todas essas outras coisas que formam uma vida com ou sem alguém como Ana dentro dela."
O conto foi publicado em "Os dragões não conhecem o paraíso", mas eu li no "Caio 3D: o essencial da década de 1980".
O conto foi publicado em "Os dragões não conhecem o paraíso", mas eu li no "Caio 3D: o essencial da década de 1980".
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