terça-feira, 31 de março de 2009

Mais uma

Mais uma de Groucho:

"From the moment I picked up your book until I laid it down, I was convulsed with laughter. Some day I intend reading it".

Algo assim:

"Do momento que eu peguei o seu livro até o momento que eu o deixei de lado, eu tive convulsões de tanto rir. Um dia eu pretendo lê-lo".


Obs - Existe "lê-lo"?

segunda-feira, 30 de março de 2009

Groucho Marx (1890-1977)




Todo mundo sabe quem é Groucho Marx, né? Então tá...

É dele a citação:

"I find television very educating. Every time somebody turns on the set, I go into the other room and read a book".


Algo assim: "Eu acho a televisão muito educativa. Toda vez que alguém liga a TV, eu vou para outro cômodo e leio um livro"

Só pra começar a semana de maneira diferente....

Do site: http://www.quotationspage.com/

domingo, 29 de março de 2009

SONHO DE POETA de Alice Ruiz

"Quem dera fosse meu
o poema de amor
definitivo.

Se amar fosse o bastante,
poder eu poderia,
pudera,
às vezes, parece ser esse,
meu único destino.

Mas vem o vento e leva
as palavras que digo,
minha canção de amigo.

Um sonho de poeta,
não vale o instante
vivo.

Pode que muita gente
veja no que escrevo
tudo que sente
e vibre
e chore
e ria,
como eu antigamente,
quando não sabia
que não há um verso,
amor,
que te contente."


No livro "Dois em Um" de 2008.

quinta-feira, 26 de março de 2009

New Orleans & Whitman





Eu sempre morri de vontade de conhecer New Orleans. Sempre. Nem sei explicar o porquê. Conheci a cidade em janeiro de 2000 e a semana que passei lá foi fantástica. O Rio Mississippi, "plantations", a comida, o lugar que eu fiquei, os passeios pela praça, pelo French Quarter... tudo maravilhoso. E fico muito feliz por ter tido a oportunidade de ter viajado até lá antes do Katrina....

Whitman passou um tempo da vida lá. E só hoje eu li o trecho do livro que conta onde ele passava, o que escreveu, os restaurantes que ia, a praça, etc...... E eu estive nestes lugares. Em 2000 não sabia direito quem era ele.... mas se soubesse, teria ido atrás de informações, é claro.


E a foto acima é do bonde chamado desejo, que existe, obviamente.

Fonte da foto: http://timandjo.covblogs.com/archives/Streetcar.JPG

learning

"That is what learning is. You suddenly understand something you´ve understood all your life, but in a new way."

Doris Lessing

Ou algo assim - a ficha demora pra cair, mas cai.

domingo, 22 de março de 2009

Sophya de Mello Breyner (1919-2004)


Não tenho vergonha de dizer que conheci a escritora portuguesa pela Maria Bethânia. Acho que foi no último show da cantora que prestei atenção nos versos que ela declamava.... aí depois fui ver quem era.... mas só. Não conheço quase nada... só alguns versinhos e dados de pesquisas bobas da internet. Mas da obra da Bethânia....eu falo uma outra hora....

Exílio

"Quando a pátria que temos não a temos
Perdida por silêncio e por renúncia

Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades"

terça-feira, 17 de março de 2009

Mais Harold Bloom - o crítico

Amanhã vou falar sobre literatura contemporânea em língua inglesa para uma de minhas turmas. E sempre tem um milhão de assuntos pra falar em 1 hora e 40. Mas tudo bem.

Anyway, sempre releio o que Harold Bloom fala... e sei que o assunto não é em si o que falarei amanhã, mas foi isso que me chamou a atenção (de novo):

"Borges atribuía tal universalismo à suposta magnanimidade de Shakespeare, mas a referida qualidade constitui uma grande metáfora do diferencial shakespeariano, diferencial esse que, ao final, é sua imensa força cognitiva. Sem perceber, frequentemente, lemos em busca de mentes mais originais do que a nossa."

É claro.

E preciso ler mais Borges e mais Shakespeare. Aliás, todos nós.

domingo, 15 de março de 2009

Nick Hornby (1957- )


Toda vez que vou pensar em um autor contemporâneo importante para mim, penso no Nick Hornby. Já li todos os livros, vi os filmes, enfim: adoro.

Acho que comecei quando vi o filme "Alta fidelidade" com o John Cusack... amei. E aí fui lendo tudo que ele escrevia "About a boy" (filme com Hugh Grant), "31 songs", "A long way down", "How to be good", e por aí vai...

Ontem comprei "Shakespeare wrote for money" que é uma coletânea dos textos que ele escreveu até setembro do ano passado na revista "The believer" sobre os livros que ele compra e "tem que ler" e a representação de tudo isso. Adoro o humor dele (inglês), a construção das frases, as personagens, e a honestidade.

Não sei como são as traduções dos livros, mas a criatividade do original não me deixa tentar.


O site oficial é este aqui: www.nickhornby.co.uk (que é da editproa Penguin...) e a foto foi tirada de: http://www.costabook.banjobray.com/images/online/Nick%20Hornby%202005%20-%20credit%20Stephen%20Hyde.jpeg

terça-feira, 10 de março de 2009

Walt Whitman - a formação do poeta



"Cheguem-se a mim meus amantes e tomem o melhor que tenho...

A tarefa para mim ainda não está concluída... e para vocês?
Desanimavam-me os tipos frios, o cilindro e o papel úmido de tinta entre nós.
Vivo tão insatisfeito com papel e linotipos...
Preciso do contato com corpos e almas.

Esta é a exigência especial que Whitman faz a seus leitores: a da presença íntima, como se o poema fosse o grito de um coração; não um texto, mas um abraço."



Paul Zweig, "Walt Whitman. A formação do poeta". Ed. Jorge Zahar.

obs 1 - Pelo que me consta, o livro está esgotado. Comprei um em um sebo há alguns meses....
obs 2 - desanima-me os tipos frios também.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Mais deles - Caio F.



Estou olhando para os livros nas prateleiras da minhas casa. Na maioria das vezes pego livros de pessoas que nunca coloquei aqui, mas não resisto aos favoritos/top hits/cream of the crop/best of the best..aquela coisa toda. ...

Os livros aqui acima (literalmente é só levantar os olhos de onde estou sentada) são aqueles que sempre volto: Emerson, Poe, Whitman, Sylvia, Capote, Twain, Leminski, Alice Ruiz, Caio F, Maya, cummings,.....

Então, um pouco mais do mesmo:


"Me veio um fundo desprezo pela minha/nossa dor mediana, pela minha/nossa rejeição amorosa desempenhando papéis tipo sou-forte-seguro-essa-sou-mais-eu. Que imensa miséria o grade amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas. Num bar qualquer, numa esquina da vida.
Ai que dor: que dor sentida e portuguesa de Fernando Pessoa - muito mais sábio - que nunca caiu nessas ciladas. Pois como já dizia Drummond, "o amor car(o,a) colega esse não consola nunca de núncaras". E apesar de tudo eu penso sim, eu digo sim, eu quero Sins".



Caio Fernando Abreu - O Estado de São Paulo, 08/07/1986
É o último trecho da crônica e está no livro "Pequenas Epifanias"

domingo, 1 de março de 2009

WW



"Olho para trás e vejo meus dias onde suei para atravessar o nevoeiro com lingüistas e debatedores,

Não ironizo nem argumento.... só testemunho e espero.

Acredito em você, minha alma .... o outro que sou não tem que se rebaixar pra você,
E nem você tem que se rebaixar pro outro.

Vadie na relva comigo.... solte o nó da garganta,
Nada de palavras música rima alguma.... nem bons-costumes ou sermões,
Só quero sua calma, o zunzum de sua voz valvulada."

Tradução de Rodrigo Garcia Lopes da "Canção de mim mesmo" dentro de Folhas....

Obs - Mari, estou aqui.