sábado, 12 de novembro de 2011

Truman Capote



Falei pouquíssimo de Capote no blog. Sei lá. Fui ver agora e só havia 4 postagens. Coisa louca porque adoro o cara. No meu curso de literatura americana da semana passada, selecionei este trecho do "A sangue Frio":

"Perry tinha a sensação de que vivia 'no fundo do mar' - talvez porque o Corredor da Morte geralmente fosse cinzento e silencioso, como as profundezas oceânicas, sem nenhum som além dos roncos, tosses, do arrastar de chinelos, do rumor emplumado dos pombos em seus ninhos nas muralhas da prisão. Mas nem sempre. 'Às vezes', escreveu Dick numa carta à sua mãe, 'não dá para ouvir nem os meus próprio pensamentos. Eles trancam prisioneiros nas celas do andar de baixo, que eles chamam de Buraco, e muitos deles estão enfurecidos e alguns, ainda por cima, são loucos. Ficam xingando e berrando o tempo todo. É insuportável, e todo mundo fica aos gritos mandando eles calarem a boca. Eu queria que você me enviasse uns tampões para os ouvidos. Mas eles não iam deixar eu usar. Nenhum descanso para os maus."

Mais informações sobre toda a loucura que foi a escrita dessa obra, aqui.

3 comentários:

Elaine Cuencas disse...

Nenhum descanso para os maus...cruel, patético, quase empático!

Anônimo disse...

Impossível não gostar desse livro do Capote, em que, Elaine tem toda razão, somos forçados à empatia com os dois monstros da história, vi o filme também, excelente adaptação...


srs

Andréa disse...

Isso mesmo.. eu AMO Philip Seymour Hoffman como Capote. Ele está o máximo.