domingo, 6 de novembro de 2011

Grande sertão: veredas



Estou preparando uma aula sobre turismo e literatura que darei para um grupo de professores na próxima sexta. É tudo muito bom. Tem tanta, mas tanta coisa pra falar. Falarei também de Grande Sertão. É sempre lindo. E relendo alguns trechos do livro, quase choro com:

"Deixei meu corpo querer Diadorim; minha alma? Eu tinha recordação do cheiro dele. Mesmo no escuro, assim, eu tinha aquele fino das feições, que eu não podia divulgar, mas lembrava, referido, na fantasia da idéia. Diadorim - mesmo o bravo guerreiro - ele era para tanto carinho: minha repentina vontade era beijar aquele perfume no pescoço: a lá, aonde se acabava e remansava a dureza do queixo, do rosto... Beleza - o que é? E o senhor me jure! Beleza, o formato do rosto de um: e que para outro pode ser decreto, é, para destino destinar... E eu tinha de gostar tramadamente assim, de Diadorim, e calar qualquer palavra. Ela fosse mulher, e à-alta e desprezadora que sendo, eu me encorajava: no dizer paixão e no fazer - pegava, diminuía: ela no meio de meus braços!"

É para o destino destinar...

2 comentários:

Elaine Cuencas disse...

Veredas...destino...destinar!
Esse João nos deixa inquietas! Tanto para pensar!

Andréa disse...

Este João... este João...

Beijos