terça-feira, 22 de junho de 2010

2 de março

Nessa data, num ano da década de 1970, Caio disse isso:

"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo homem sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas as tentativas de aproximação. Tenho vontade de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ele, como um cão com seu osso".

Suspiro profundo.

Caio 3D. O essencial da décade de 1970. Página 202.

3 comentários:

Mari Aldrigui disse...

Amiga, achei lindo e se aplica a muito do que sinto/senti nestes dias.

Beijos
Mari

Elaine Cuencas disse...

Ai! Como um cão e seu osso! Não é bom, mas é assim. Não é?

Andréa disse...

É assim sim. Nem fale.
Beijos