Cada vez que leio os poemas de Sophia descubro algo interessante. Já li e reli este livro aqui acima. Mas é cada coisa.
"CATILINA
Eu sou o solitário e nunca minto.
Rasguei toda a vaidade tira a tira
E caminho sem medo e sem mentira
À luz crepuscular do meu instinto.
De tudo desligado, livre sinto
Cada coisa vibrar como uma lira,
Eu - coisa sem nome em que respira
Toda a inquietação dum deus extinto.
Sou a seta lançada em pleno espaço
E tenho de cumprir o meu impluso,
Sou aquele que venho e logo passo.
E o coração batendo no meu pulso
Despedaçou a forma do meu braço
Pra além do nó de angústia mais convulso."
2 comentários:
Que bom, Andrea, degustar um legítimo soneto... estou sempre apreciando suas postagens... ciao!
Obrigada, Silvio! Você sempre gentil.... bjs
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