quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sophia



Cada vez que leio os poemas de Sophia descubro algo interessante. Já li e reli este livro aqui acima. Mas é cada coisa.

"CATILINA
Eu sou o solitário e nunca minto.

Rasguei toda a vaidade tira a tira

E caminho sem medo e sem mentira
À luz crepuscular do meu instinto.


De tudo desligado, livre sinto

Cada coisa vibrar como uma lira,
Eu - coisa sem nome em que respira
Toda a inquietação dum deus extinto.


Sou a seta lançada em pleno espaço

E tenho de cumprir o meu impluso,
Sou aquele que venho e logo passo.


E o coração batendo no meu pulso

Despedaçou a forma do meu braço

Pra além do nó de angústia mais convulso."

2 comentários:

Silvio Roberto disse...

Que bom, Andrea, degustar um legítimo soneto... estou sempre apreciando suas postagens... ciao!

Andréa disse...

Obrigada, Silvio! Você sempre gentil.... bjs