quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

De Caio para Guilherme de Almeida Prado

Estávamos falando deste livro lá no face. Aí resolvi ser a monotemática de sempre e colocar mais um trecho aqui. Escrito em 12 de abril de 1994.



"Devo estar chatíssimo, mais 'blasé' do que nunca, com todo esse texto parecendo discurso do Partido Verde... Et voilá: sou também um pouco tolo, um pouco naive, um pouco pêra - e eternamente Bambi. Quando a barra pesa, compro flores e ouço Mozart. Não creio que isso seja gostar de uma 'baixaria bem brega'. Além disso, essa linguagem rasteira absolutamente não combina com você - um von Almeida Prado!

Sinto que o Brasil tenha ficado 'ainda mais medonho' sem mim. Em compensação, a França parece ter ficado ainda mais encantadora comigo. Os livros caminham lindamente, críticas ótimas nos jornais e revistas mais importantes, rádio, TV. Ontem - foi hilário - dei autógrafo na rua, em Saint-Germain de Prés, para um garoto - estranhamente chamado Damour - que viu um dos programas de TV, comprou os três livros, deu vários de presente. Cheguei na editora rindo: meu Deus, a Laika de São Paulo a negra sem ter onde morar, vivendo com 500 dólares por mês, lavando roupa num balde sob o chuveiro, fazendo a feira toda sexta - dando autógrafo em Saint-Germain!"



2 comentários:

Fal, a Mal disse...

que incrível <3 <3 <3

Fal, a Mal disse...

" sou também um pouco tolo, um pouco naive, um pouco pêra - e eternamente Bambi." --- lembrei dessa frase hoje