Tudo de bom que já foi dito sobre Walt Whitman e sua obra "Folhas da Relva" eu concordo. Por isso o nome deste humilde bloguinho que fala sobre literatura é uma homenagem ao grande poeta que, como disse Borges: "toma e não diz a ninguém a infinita decisão de ser todos os homens e escrever um livro que seja todos".
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Mais Emily
To see the Summer Sky
Is Poetry, though never in a Book it lie --
True Poems flee--
Emily Dickinson escreveu 1775 poemas. Este é o número 1472.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
e.e.cummings
"i thank You God for most this amazing
day:for the leaping greenly spirits of trees
and a blue true dream of sky;and for everything
which is natural which is infinite which is yes"
Primeira estrofe de um poema de e.e.cummings. Sempre respeitando a originalidade do autor na escrita - e na beleza......
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
O livro mais lindo
No post de 16/11 do ano passado eu disse que havia comprado o livro mais lindo do ano. E ainda tenho a certeza disso. "Antigos e soltos" é um trabalho maravilhoso do Instituto Moreira Salles. É o caderno da Ana Cristina César. E você vai virando as páginas e parece que ela escreveu no meio do livro .... scanner de primeira.
Aí resolvi abrir as páginas sem ordem. E coloco uma das coisas que vi (a parte final de uma texto escrito em 9 de fevereiro de 1971):
Aí resolvi abrir as páginas sem ordem. E coloco uma das coisas que vi (a parte final de uma texto escrito em 9 de fevereiro de 1971):
"Escondemos a poesia louca por não querer tocá-la com nossas mãos e nossas vozes pouco afeitas. A luz e o lago não possuímos. Mas por cima de tudo anoitecido acordam outros sentidos percebendo: somos agora e sempre, nunca mais".
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Angels in America
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Angels in America é uma peça de teatro escrita por Tony Kushner que virou minissérie para a HBO com Al Pacino, Meryl Streep, Emma Thompson, e vários outros deste naipe.
É um soco no estômago porque nos leva de volta aos anos 80 quando a Aids começava a fazer suas vítimas e o governo Reagan não fez absolutamente nada.
O diálogo abaixo é logo no começo do filme, e o rabino em questão é interpretado pela Meryl Streep (gênio total):
Louis: Rabbi, I´m afraid of the crimes I may commit.
Rabbi: Please mister. I´m a sick old rabbi facing a long drive home to the Bronx. You want to confess, better you should find a priest.
Louis: But I´m not a Catholic, I´m a Jew.
Rabbi: Worse luck for you, bubbalah. Catholics believe in forgiveness. Jews believe in Guilt.
Louis: Rabino, eu estou com medo dos crimes que eu possa cometer.
Rabbi. Por favor senhor. Eu sou um rabino velho e doente que ainda tem que enfrentar uma longa viagem para casa no Bronx. Se você quiser confessar é melhor você achar um padre.
Louis: Mas eu não sou católico. Sou judeu.
Rabbi: Que azar bonequinho! Os católicos acreditam em perdão. Os judeus acreditam em culpa.
Rabbi. Por favor senhor. Eu sou um rabino velho e doente que ainda tem que enfrentar uma longa viagem para casa no Bronx. Se você quiser confessar é melhor você achar um padre.
Louis: Mas eu não sou católico. Sou judeu.
Rabbi: Que azar bonequinho! Os católicos acreditam em perdão. Os judeus acreditam em culpa.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Julio Cortázar - engatinhando
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Num post em algum lugar do passado falei que não conhecia nada do autor. Ainda não, mas estou engatinhando. Li "Último Round" Tomo I.
Várias passagens interessantes da vida dele e uma em especial, em conversa com amigos, ele recorda que alguém disse:
"Acho que nunca me afastei de ninguém, não mesmo. As pessoas é que foram ficando pra trás, só isso."
P-E-R-F-E-C-T.
Obs - a foto é do site oficial: www.juliocortazar.com.ar
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Clarice
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Eu leio vários livros ao mesmo tempo (todo mundo, né?). E um deles é "Clarice Lispector - outros escritos". Há vários textos inéditos e um dos que mais me chamou a atenção foi "Traduzir procurando não trair" que ela fala sobre as questões da tradução, obviamente. Foi publicado na Revista "Jóia" em maio de 1968.
"O tradutor, professor de literatura portuguesa e brasileira numa universidade, fez um longo prefácio ao livro sobre literatura brasileira. Chegou à conclusão estranha de que eu era ainda mais difícil de traduzir que Guimarães Rosa, por causa de minha sintaxe. Não se assutem, nesta coluna esforço-me por não usar uma sintaxe que me é íntima e natural. Com um pouco de vergonha, já tinha esquecido o que quer dizer sintaxe. Perguntei a um amigo, que explicou: sintaxe é o modo como a frase se coloca dentro do período. Fiquei um pouco na mesma. E também desconfiada de que não podia se tratar apenas disso: uma palavra tão grave quanto sintaxe não podia significar simplesmente isso. Tenho o maior respeito por gramática, e pretendo nunca lidar conscientemente com ela. Em matéria de escrever certo, escrevo mais ou menos certo de ouvido, por intuição, poi o certo sempre soa melhor."
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Sylvia
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