sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sexta, chuva e etc...



Por mais que eu veja só chuva na janela, acordei bem porque sei lá mil coisas. E Caio escreveu o seguinte:

"Nunca pertenci àquele tipo histérico de escritor que rasga e joga fora. Ao contrário, guardo sempre as várias versões de um texto, da frase rabiscada em guardanapo de bar à empressão no computador. Será falta de rigor? Pouco me importa".

Do livro "Para sempre teu, Caio F" (página 185).

Leiam algo interessante neste feriado e depois venham aqui me contar, please. Ok, 6 pessoas queridas?

2 comentários:

Mari Cuencas disse...

Pessoa querida!!!

Tô com saudades... preciso achar uma brecha na minha vida maluca pra marcar um encontro contigo e a gente botar o papo em dia!!!

Então, continuo lendo o "Crime e castigo"... meu personagem favorito até o momento é o Razumíkhin, amigo do protagonista, Rodion Raskólnikov. Deixo uma frase (grande) dele no post seguinte.

Beijo da Mari

Mari Cuencas disse...

"Eu gosto quando mentem. A mentira é o único privilégio humano perante todos os organismos. Quem mente chega à verdade! Minto, por isso sou ser humano. Nunca se chegou a nenhuma verdade sem antes haver mentido de antemão quatorze, e talvez até cento e quatorze vezes, e isso é uma espécie de honra; mas nós não somos capazes nem de mentir com inteligência! Mente pra mim, mas mente a teu modo, e então eu te dou um beijo. Mentir a seu modo é quase melhor do que falar a verdade à moda alheia; no primeiro caso és um ser humano, no segundo, não passas de um pássaro! A verdade não foge e a vida a gente pode segurar com pregos; exemplos houve. E hoje, o que nós fazemos? Todos nós, todos sem exceção, no que se refere à ciência, ao desenvolvimento, ao pensamento, aos inventos, aos ideais, aos desejos, ao liberalismo, à razão, à experiência e tudo, tudo, tudo, tudo, ainda estamos na primeira classe preparatória do colégio! Nós nos contentamos em viver da inteligência alheia - e nos impregnamos! Não é verdade? Não é verdade o que estou falando? - gritava Razumíkhin, sacudindo e apertando as mãos de ambas as senhoras - Não é verdade?" - Razumíkhin

"Crime e castigo", Dostoiévski.