terça-feira, 17 de novembro de 2009

Voltando ao Caio



Estão com paciência, crianças? Este é só o primeiro parágrafo da crônica de Caio F. "Extremos da Paixão" que foi publicada no jornal O estado de São Paulo em 08/07/1986. Leiam, please:

"Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos. Ou "o que foi?" - perguntariam os complacentes. Para estes últimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando sobre o amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro(a) - mas a morte é inevitável, e portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo(a), há então uma morte anormal. O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo - porque se poderia ter, já que está vivo(a). Mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é: NEVER."

Pra você(s).

6 comentários:

Mari Cuencas disse...

Vou pensar seriamente em parar de ler seu blog. Eu leio e choro, po**a!

Beijo, flor! Tô com saudades, ainda!

Mari Cuencas disse...

Adendo: estou ouvindo a Hebe cantar Roberto Carlos. Pode soar o cúmulo do brega, mas é uma das coisas mais lindas que eu já ouvi da música pop-melosa brasileira:

http://www.youtube.com/watch?v=skRIPw-R_Is

Você não sabe quanta coisa eu faria
Além do que já fiz
Você não sabe até onde eu chegaria
Pra te fazer feliz

Eu chegaria
Onde só chegam os pensamentos
Encontraria uma palavra que não existe
Pra te dizer nesse meu verso quase triste
Como é grande o meu amor

Você não sabe que os anseios do seu coração
São muito mais pra mim
Do que as razões que eu tenha
Pra dizer que não
E eu sempre digo sim
E ainda que a realidade me limite
A fantasia dos meus sonhos me permite
Que eu faça mais do que as loucuras
Que já fiz pra te fazer feliz

Você só sabe
Que eu te amo tanto
Mas na verdade
Meu amor não sabe o quanto
E se soubesse iria compreender
Razões que só quem ama assim pode entender

Você não sabe quanta coisa eu faria
Por um sorriso seu
Você não sabe
Até onde chegaria
Amor igual ao meu

Mas se preciso for
Eu faço muito mais
Mesmo que eu sofra
Ainda assim eu sou capaz
De muito mais
Do que as loucuras que já fiz
Pra te fazer feliz

Andréa disse...

Flor,

A intenção não era essa... quero ver vc sempre rindo.

E Hebe???? que coisa...

No feriado a gente se vê, tá???
Beijos

Anônimo disse...

Gostei, bonitinho, fofinho, apaixonadinho...mas amor é isso mesmo: sempre tem um fim!!!
É triste, mas é verdade.

Bjs

BRUNO SOARES DE OLIVEIRA

Marcos disse...

Preciso encontrar as crônicas do Caio que eu recortava toda semana na segunda página do Caderno 2. Foram publicadas? São sensacionais.
Cuencas, também gostei desta versão da Hebe, por incrível que possa parecer. A versão da Bethânia também é ótima.
Bjs.

Andréa disse...

Marcos querido,

A coletânea foi publicada com o nome "Pequenas Epifanias". Textos entre 1986 e 1995, é claro. O meu livro é da Ed. Agir de 2006.

Bruno...

Nem sei querido, nem sei.

Beijos