segunda-feira, 30 de maio de 2011

550

Esta é a postagem 550. Quanta coisa (besteira?), não?

Trecho de uma carta de Caio Fernando Abreu, publicada na biografia escrita pela Paula Dip:

"(...) E eu fico muito comigo mesmo nisso tudo - cada vez mais sufocado, mais necessitado que pinte UM VERDADEIRO ENCONTRO com outra pessoa, seja em que termos for (...) Odeio amar, não é engraçado? Amanhã tento de novo. Amar só é bom se doer (...) Desculpe tanta sede, tanta insatisfação. Amanhã, amanhã, recomeço. Te espero, te gosto, te beijo".

Adoro essas palavras de despedida das cartas de antigamente (ver as postagens do Leminski sobre o assunto).

Obs - Olá, novos e antigos leitores queridos! Hello, todo mundo aí??

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Novo



Estou lendo esse livro da Tina Fey. É bem engraçadinho. Não tem nem uma página séria e é cheio de trocadilhos e afins. Recomendo a leitura para aqueles que querem praticar o inglês. Enfim, no meio de vááárias piadas, ela solta essa frase (que não é piada, no caso):

"Once again, nothing is creepier than a bunch of adults being very quiet."

Também acho. Ah - a capa é essa coisa estranha mesma. Mas é a brincadeira com o título.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lya Luft

Acabei o livro de poesias. Adorei. E "Ainda Infância":

"Nem sótão nem porão,
na minha casa real. Nem mar:
porém as águas chegavam,
varando as negativas e os silêncios.
Não havia como não embarcar.

Jardins, morros azuis, fantasmas
nas janelas: para sobreviver, podei
a árvore dos pressentimentos,
calei o vento e sua voz
de folhas.
Crescer
foi desistir de a escutar."

domingo, 22 de maio de 2011

Six-word memoirs

Deste projeto que eu adoro: six-word memoirs.

"Loved. Lost. Cried. Raged. Chocolate. Next."
Jackie Childress

sábado, 21 de maio de 2011

Nelson

Trecho da crônica "O filhote do Demônio", publicada no jornal O Globo em 20.09.1972.

"Que idade terá o homem? Eu poderia arriscar um número delirante: - um bilhão de anos. Mas vamos calcular por baixo: - quarenta mil anos. Há quarenta mil anos, o homem é homem. Antes, o homem era um sólido quadrúpede e urrava no bosque. Continuemos: - desde que o homem se tornou um ser histórico, a população da Terra assim se dividiu: - de um lado, uns dez sujeitos, que podemos chamar de superiores; de outro lado, milhares de outros sujeitos, que podemos chamar de idiotas."


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Frase do dia


Continuo amando aquele blog que falei aqui. De paixão. Pinterest.

A frase não é excelente?

terça-feira, 17 de maio de 2011

Words

Última estrofe do poema da Anne Sexton:

"But I try to take care
and be gentle to them.
Words and eggs must be handled with care.
Once broken they are impossible
things to repair."

MUITO cuidado com as palavrinhas.

domingo, 15 de maio de 2011

Um porto para Elizabeth Bishop



Quem sou eu pra ficar dando dica de teatro, mas enfim, "Um porto para Elizabeth Bishop" voltou e está em cartaz no teatro da Livraria Cultura. Eu vi há 10 anos. E foi lindo demais. Recomendo super.....

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Lya Luft



Comprei "Para não dizer adeus": poesias da Lya Luft (não, não tinha lido as poesias). Cada coisa linda.... e na apresentação (que ela escreveu em 2005), o trecho final é assim:

"Este livro de poemas - alguns poucos antigos, outros mais recentes, quase todos bem atuais e inéditos - é mais um jeito de dizer tudo o que diz a minha prosa. Não com menos intensidade ou inquietação, pois elas, como o amor, são o sal da vida."

O sal da vida.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Twitter

Bonitinho.

"De repente a gente se encontra numa esquina, num outro planeta, no meio duma festa ou duma fossa, a gente se encontra, tenho certeza."

Do - @cfernandoabreu

terça-feira, 10 de maio de 2011

O site mais lindo

Descobri o site mais lindo do mundo: pinterest.com

E a frase que acabei de ler:

"Always remember: too much ego will kill your talent."

So true.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Lya Luft

Uma coisa foi salva da Veja dessa semana: o artigo da Lya Luft sobre estrangeirismos e a língua portuguesa. Brilhante. E o trechinho final:

"Línguas altamente civilizadas usam 'estrangeirismos' livremente, sem culpa nem preconceito, como fator de expressividade. Isso nem as humilhou, nem as perverteu: ficaram enriquecidas. Nós é que precisamos lutar contra uma onda terceiro-mundista, uma postura de inferioridade que nos faz gastar energias que poderiam ser aplicadas em algo urgente como um orçamento vinte vezes maior para a educação do nosso povo."

Sem mais.

domingo, 8 de maio de 2011

Ana C.



"Vacilo da vocação

Precisaria trabalhar - afundar -
- como você - saudades loucas -
nesta arte - ininterrupta -
de pintar -

A poesia não - telegráfica - ocasional -
me deixa sola - solta -
à mercê do impossível -
- do real."

Ana Cristina César. A teus pés.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sylvia Plath



Sabe quando você lê um poema imenso e vê que a última estrofe é a mais linda? Pois é. Últimos versos de "The Jailor", Sylvia Plath:

"That being free. What would the dark
Do without fevers to eat?

What would the light
Do without eyes to knife, what would he
Do, do, do without me."

terça-feira, 3 de maio de 2011

@cantodosaber

Acompanho no twitter o @cantodosaber e sempre tem alguma coisa bonitinha pra gente ler. Como isto:

"Que arriscado e conturbante é a gente se tirar das solidões fortificadas."
Guimarães Rosa

domingo, 1 de maio de 2011

Títulos

Títulos de livros me chamam a atenção - para o bem e para o mal. Tenho dois favoritos:

"The particular sadness of lemon cake" de Aimee Bender (que eu já falei há alguns meses)

e

"For the relief of unbearable urges" de Nathan Englander

E vocês, caros 6 leitores, algum título favorito?