terça-feira, 7 de agosto de 2012

Poesias coligidas


3 caixas cheias de livro estão fechadas aqui ao meu lado. Não tenho apego aos objetos em geral. Mas demorei alguns dias para encaixotar os livros e ainda rolaram lágrimas porque eles devem ficar lá por algumas semanas ou meses. Sei lá o que me deu. Mas, os que ficam em outro móvel, não mudarão de lugar e me farão mais feliz neste meio tempo.

E Fernando Pessoa:

"Aqui neste profundo apartamento
Em que, não por lugar, mas mente estou,
No claustro de ser eu, neste momento
Em que me encontro e sinto-me o que vou,

Aqui, agora, rememoro
Quanto de mim deixei de ser
E, inutilmente, [...] choro
O que sou e não pude ter."

4 comentários:

Suelen Candido disse...

Oh! que posto bonito! simples e intenso.
Beijos!

Andréa disse...

Ô querida... obrigada por seu comentário! Um grande beijo!

Elaine Cuencas disse...

E esse Pessoa sempre nos contando suas mais íntimas sensibilidades!

"Claustro do ser eu"

Da companhia dos que estão fora da caixa, esperamos seus posts! Não nos coloque em caixa alguma, certo?!

bjs,

Andréa disse...

Querida Elaine,
Que comentário excelente! Eu tenho umas vontades de entrar dentro da caixa também....
Beijos!