domingo, 14 de outubro de 2012

Vou e volto

Vou, vou, vou e volto para Grande Sertão.

Trecho retirado das páginas 524/525:

"Como vou contar, e o senhor sentir em meu estado? O senhor sobrenasceu lá? O senhor mordeu aquilo? O senhor conheceu Diadorim, meu senhor?!... Ah, o senhor pensa que morte é choro e sofisma - terra funda e ossos quietos... O senhor havia de conceber alguém aurorear de todo amor e morrer como só para um."

Aí a gente lê de novo o sofrimento de Riobaldo. E pensa: quantos livros são capazes de despertar tudo isso na gente? Poucos, meus amigos, poucos.

4 comentários:

Adriano Paciello disse...

Aurorear - quem lê Grande Sertão é um conhecimento à parte!

Andréa disse...

Dri, cada vez que abro o livro é uma coisa nova que aprendo. Impressionante.

Elaine Cuencas disse...

Poucos, Andréa! Também são poucos os que leem Guimarães, muito poucos! Ainda bem que você sempre volta a ele! Trecho hoje, trecho amanhã... e a semente está lançada! Beijos.

Andréa disse...

Elaine, não consigo largar. Aí ele fica aqui pertinho, sabe? E toda vez volto, volto, volto... beijos, flor.