domingo, 31 de agosto de 2014

Bienal e o óbvio ululante

Antes de falar deste livro, falo da Bienal que está acabando hoje. Estive lá com a Fal falando sobre blogs. Blogs são literatura, blogs são o que você quiser, mas acima de tudo, blogs são diversão, como diz o Bruno Rodrigues, que acaba de lançar seu livro. Eu não sou escritora (não sou, nem serei) - como já resumi com o Adriano - eu só coloco aqui o que acho bacana. E cada um faz o seu da maneira que quiser. E que traga muito prazer aos leitores. E as redes sociais? Bom...algumas passam, nós passamos, e virão coisas diferentes. Os blogs ficam aqui. Quando a gente vai parar de ler e nos divertirmos? Como diz o Caio - nunca de núncaras. Amém.

Ontem falamos de Nelson Rodrigues. Volto com ele. Sempre.



Trecho de uma crônica publicada em 28 de maio de 1968. No "O Globo":

"Eis o que eu queria dizer:  - considero Opinião um nome impróprio e, repito, um nome alienado. Com as técnicas modernas de promoção, o homem cada vez pensa menos. É o jornal, é o rádio, é a televisão, é o anúncio, é o partido que pensa por nós. Nós 'achamos' o que os outros 'acham'. A minha 'opinião' deixou de ser um ato pessoal, uma posição solitária, um gesto de orgulho e desafio. Há sujeitos que nascem, envelhecem e morrem sem ter jamais ousado um raciocínio próprio. Há toda uma massa de frases feitas, de sentimentos feitos, de ódios feitos."

Boa semana, amigos.

4 comentários:

Elaine Cuencas disse...

Nelson fundamental... devemos falar dele sempre! Esse semestre meus alunos vão trabalhar com A vida como ela é! E não quero nem saber de mimimi! Viva Nelson!

Andréa disse...

Viva Nelson e viva você, por levar coisas tão bacanas aos alunos!

marina w. disse...

Por coincidência, e graças ao hiperlink, caí no seu blog. Foi um prazer! Um beijo,
marina

Andréa disse...

Ai Marina, que emoção!! Um beijo!