"Em recente capítulo, falei do Palhares, que é um dos mais límpidos e fascinantes canalhas da cidade. (Sim, Palhares, 'o que não respeita nem cunhadas'.) Todos os autores têm seus personagens obsessivos, e confesso que o Palhares é uma das minhas fixações. Sempre que posso, eu o cito, e não sem uma quase imperceptível simpatia. Dirá alguém - 'Mas por que essa promoção de uma canalha confesso e proclamado?'
Sou um memorialista. ('Tudo é memória', disse não sei quem.) E, por todas as esquinas, e botecos, e salas, e retretas da memória, há canalhas em flor. Eles nos atropelam e nós os atropelamos."
2 comentários:
Canalhas... a canalha... aquele canalha... canalhice..."Eles nos atropelam e nós os atropelamos." Beijos...
Os homens de nosso tempo precisarão em muito desarquivar interpretações sobre Nelson Rodrigues. Não existem reacionários memorialistas, muito menos artefatos extemporâneos que possam condená-los.
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