quarta-feira, 1 de abril de 2015

O paraíso são os outros

Um dia, eu e essa pessoa desconhecida vamos nos encontrar por algum motivo, e uma intuição talvez nos diga que chegamos à vida um do outro. Eu não acredito sempre nisso. Mas não posso deixar de estar atenta. De todo modo, sou assim mesmo: fico atenta a toda a gente. Gosto de olhar discretamente. Confesso.

Imagino a vida dos outros. Não é por cobiça. É por vontade que dê certo. Por exemplo, vejo alguém sem cabelo e invento que há gente que só gosta de homens carecas, para que ser careca seja uma vantagem ou, pelo menos, desvantagem nenhuma.

Acho que invento a felicidade para compor todas as coisas e não haver preocupações desnecessárias. E inventar algo bom é melhor do que aceitarmos como definitiva uma realidade má qualquer. A felicidade também é estarmos preocupados só com aquilo que é importante. O importante é desenvolvermos coisas boas, das de pensar, sentir ou fazer.

Parte 10 do livro: "O paraíso são os outros".




2 comentários:

Elaine Cuencas disse...

Três pessoas inteligentes... que inventam cada um a sua maneira a felicidade! Beijinho... Feliz Páscoa!

Andréa disse...

Para você também, querida... um beijo, Elaine!!