terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ensaios e anseios crípticos

Trecho inicial do ensaio "O nome do poema":

"Um dia, no apartamento de Caetano Veloso, o bardo baiano máximo apresentava para vários amigos e para mim uma música que tinha acabado de fazer, e que começava, 'um índio descerá de uma estrela brilhante, colorida'...

A música, uma maravilha.

Caetano só disse que precisava de um nome para ela.

Então, eu falei: acho que o melhor nome para uma música são as suas primeiras palavras, para facilitar quem quiser cantar. Acrescentei, até hoje não me conformo que o Hino Nacional não se chame 'Ouviram'.

Caetano gostou da idéia, e a música se chamou, claro 'Um índio', e eu fiquei feliz de poder dar alguma coisa a alguém que sempre me deu tanto, em matéria de poesia, música e sabedoria de viver."

Não é o máximo?

4 comentários:

Elaine Cuencas disse...

É! Só os poetas sabem as coisas certas!

Andréa disse...

Sabem mesmo...

Sylvio R. Santos disse...

Está sendo ótimo ler o Leminski teórico, condição indispensável do poeta "moderno". Surpreendeu-me ver que não se trata no livro somente de literatura, literalmente... Há pequeno escorrego na pag. 21, onde ele atribui uma tradução de Haroldo de Campos a Leopardi, quando são versos de Ungaretti, mas existe um link entre os dois italianos, que se chega duvidar, se tratando de Leminski, se não é proposital...

srs

srs

f. disse...

é. é demais.