"Também era bom que não viesse tantas vezes quanto queria: porque ela poderia se habituar à felicidade. Sim, porque em estado de graça se era muito feliz. E habituar-se à felicidade, seria um perigo social. Ficaríamos mais egoístas, porque as pessoas felizes o eram, menos sensíveis à dor humana, não sentiríamos a necessidade de procurar ajudar os que precisavam - tudo por termos na graça a compreensão e o resumo da vida"
Página 136. Clarice.
5 comentários:
Não consigo mais comentar seus posts. A voz não sai.
Mari darling,
Fala sim. Te adoro.
bjs
verdade, quando a gente está numa boa esquece o mundo...
É que a conexão é tanta que prende o que tá garganta abaixo.
Quando você coloca Clarice aqui - e especialmente o "Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres" - a gente (eu, quero dizer) dá inesperadamente de cara com o espelho, que nesses casos não é distorcido, e aí termina por tomar um susto. Ou uma rajada de ar fresco. Depende do quanto estamos acostumados à felicidade.
Beijo.
P. S.: Essa sua foto está linda!
Trigo,
Não é???
Mari,
Por mais batido que seja: beauty is in the eye of the beholder.
Beijos
Postar um comentário