sábado, 20 de fevereiro de 2010

Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres

"Também era bom que não viesse tantas vezes quanto queria: porque ela poderia se habituar à felicidade. Sim, porque em estado de graça se era muito feliz. E habituar-se à felicidade, seria um perigo social. Ficaríamos mais egoístas, porque as pessoas felizes o eram, menos sensíveis à dor humana, não sentiríamos a necessidade de procurar ajudar os que precisavam - tudo por termos na graça a compreensão e o resumo da vida"

Página 136. Clarice.

5 comentários:

Mari Cuencas disse...

Não consigo mais comentar seus posts. A voz não sai.

Andréa disse...

Mari darling,
Fala sim. Te adoro.
bjs

Luiz Trigo disse...

verdade, quando a gente está numa boa esquece o mundo...

Mari Cuencas disse...

É que a conexão é tanta que prende o que tá garganta abaixo.

Quando você coloca Clarice aqui - e especialmente o "Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres" - a gente (eu, quero dizer) dá inesperadamente de cara com o espelho, que nesses casos não é distorcido, e aí termina por tomar um susto. Ou uma rajada de ar fresco. Depende do quanto estamos acostumados à felicidade.

Beijo.

P. S.: Essa sua foto está linda!

Andréa disse...

Trigo,
Não é???
Mari,
Por mais batido que seja: beauty is in the eye of the beholder.
Beijos