domingo, 5 de abril de 2009

Grande Sertão

"Nunca mais, até o derradeiro final, nunca mais eu vi o Reinaldo tão sereno, tão alegre. E foi ele mesmo, no cabo de três dias, quem me perguntou: - 'Riobaldo, nós somos amigos, de destino, fiel, amigos?' - 'Reinaldo, pois eu morro e vivo sendo amigo seu!' - eu respondi. Os afetos. Doçura do olhar dele me transformou para os olhos de velhice da minha mãe. Então, eu vi as cores do mundo."

Grande Sertão: veredas. página 127.

3 comentários:

Mari Cuencas disse...

Como a ficção da Literatura é bela. Por vezes acho impossível que ela queira imitar a realidade.

Beijo.

Elaine Cuencas disse...

" Sertão sendo do sol e os pássaros: urubú,gavião - que sempre voam, às imensidões, por sobre...Travessia perigosa, mas é a vida. Sertão que se alteia e se abaixa. Mas que as curvas dos campos estendem sempre para mais longe. ali envelhece o vento."
abçs, Elaine

Andréa disse...

"Ali envelhece o vento." Lindo....