quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Tempo

Acho que o blog vai dar um tempo. Acho. Talvez volte em poucos dias. Ou não.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sem Ana, Blues.



Trecho do conto do Caio F. Abreu:

"Entre aquele quando e aquele depois, não havia nada mais na minha cabeça nem na minha vida além do espaço em branco deixado pela ausência de Ana, embora eu pudesse preenchê-lo - esse espaço branco sem Ana - de muitas formas, tantas quantas quisesse, com palavras ou ações. Ou não-palavras e não-ações, porque o silêncio e a imobilidade foram dois dos jeitos menos dolorosos que encontrei naquele tempo, para ocupar meus dias, meu apartamento, minha cama, meus passeios, meus jantares, meus pensamentos, minhas trepadas e todas essas outras coisas que formam uma vida com ou sem alguém como Ana dentro dela."

O conto foi publicado em "Os dragões não conhecem o paraíso", mas eu li no "Caio 3D: o essencial da década de 1980".

domingo, 11 de dezembro de 2011

Novo livro!





Olha o que eu achei em Buenos Aires. Não é demais?

E algumas poesias do Leminski em espanhol ficam tãããão legais... logo mais coloco.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Frase

Comprei uma caixinha de marcadores de livro e nela estava escrito o seguinte:

"One good book a day, keeps stupidity away."

Fofinho!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Martin Luther King Jr.


"Nothing in all the world is more dangerous than sincere ignorance and conscientious stupidity."


Excelente. Do livro: Quotations of Martin Luther King, Jr. Applewood Books.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Moby Dick


Não resisto e vou falar de novo embora já tenha falado váááárias vezes aqui sobre o início de livro mais lindo de todos os tempos. Sem dúvida é Moby Dick.

Comprei essa edição linda que vocês podem ver aí acima. Queria, um dia, ter este livro todo rabiscado com anotações mil, como a Fal tem. Aliás, este post é sem dúvida, para ela. Que sempre, sempre tem alguma coisa pra dizer. E da forma mais linda.

E um pedacinho:

"Whenever I find myself growing grim about the mouth; whenever it is a damp, drizzly November in my soul; whenever I find myself involuntarily pausing before coffin warehouses, and bringing up the rear of every funeral I meet; and especially whenever my hypos get such an upper hand of me, that it requires a strong moral principle to prevent me from deliberately stepping into the street, and methodically knocking people´s hats off - then, I account it high time to get to sea as soon as I can."

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Borges



o sul

"De um de teus pátios ter olhado
as antigas estrelas,
de um banco na sombra ter olhado
essas luzes dispersas,
que minha ignorância não aprendeu a nomear
nem a ordenar em constelações,
ter sentido o círculo da água
no secreto poço,
o aroma de jasmim e madressilva,
o silêncio do pássaro que dorme,
o arco do saguão, a umidade
- essas coisas, talvez, são o poema."

Jorge Luiz Borges. Primeira Poesia.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O essencial da década de 1980



Consegui este livro depois de sei lá quanto tempo. Já tenho o da década de 1970 e da 1990 e este foi tão difícil encontrar... sei lá. E andando hoje calmamente pela Livraria da Vila, achei. Feliz!!

E um trecho de Adélia Prado que Caio coloca no início do livro:

"a vida é tão bonita,
basta um beijo
e a delicada engrenagem movimenta-se,
uma necessidade cósmica nos protege."

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sylvia



Tenho um "Collected Poems" da Sylvia Plath que é lindo. Adquirido em 1997. Está aqui na estante ao lado e eu não abria há anos. Sério. A última anotação era de agosto de 2008.

E a primeira estrofe de "Parliament Hill Fields", de 1961:

"On this bald hill the new year hones its edge.
Faceless and pale as china
The round sky goes on minding its business.
Your absence is inconspicuous;
Nobody can tell what I lack."

sábado, 26 de novembro de 2011

Whitman



"Cheguem-se a mim meus amantes e tomem o melhor que tenho...
A tarefa para mim ainda não está concluída... e para vocês?
Desanimavam-se os tipos frios, o cilindro e o papel úmido de tinta entre nós.
Vivo tão insatisfeito com papel e linotipos...
Preciso do contato com corpos e almas."

"Walt Whitman: a formação do poeta" de Paul Zweig.

Este Whitman da foto é aquele que fica olhando para mim enquanto estou aqui em casa. E é um amor.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Balada do amor através das idades



"Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei, brigamos, morremos.

Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quanto vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.

Depois fui pirata mouro,
flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria de meu bergantim.
Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava
você fez o sinal da cruz
e rasgou o peito a punhal...
Me suicidei também.

Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira...
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.

Hoje sou moço moderno,
remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável,
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo e casamos."

Coisa mais linda.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Bethânia e Chico



Show da Bethânia só com músicas do Chico. Acho que não preciso dizer muita coisa.

E mais para o final do show ela senta, e fica observando no telão "Sem fantasia", no dueto que havia feito com Chico.

"Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer

De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus"

domingo, 20 de novembro de 2011

Alice Ruiz



"de que seda

é tua pele?

de que fogo
minha sede?



de que vida
tua vinda?

pedaço que padeço
sonho que teço


que jogo
nos vence?

cedo

mais cedo

do que penso."


Dois em um. Página 41.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Contra um mundo melhor



"O fato é que a burrice tem vantagens. Sendo uma forma de cegueira, ela nos protege da agonia que é sermos animais cujo habitat natural é viver sempre na beira do abismo."

Pois é.

Página 107.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

+ By nightfall



Eu não consegui resistir e volto ao Cunningham. Queria ler o livro de novo e de novo mas sem saber o que acontece. Sabe aquela sensação de querer isso? Pois é. Só pra poder dizer ao Peter: "cuidadoooooo!". Aí vai um trecho da página 236:

"Peter glances out at the falling snow. Oh, little man. You have brought down your house not through passion but by neglect. You who dared to think of yourself as dangerous. You are guilty not of the epic transgressions but the tiny crimes. You have failed in the most base and human of ways - you have not imagined the lives of others."

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Danuza



Felicidade é ler um livro da Danuza Leão. Ou suas crônicas. Tudo é bem escrito. Amo a ironia, o jeito de escrever, os exemplos, tudo. Recomendo sempre. Comecei ontem o "É tudo tão simples." Já dei várias gargalhadas. Parei de ler um pouco agora, porque - como todo que é bom - não quero que acabe.

sábado, 12 de novembro de 2011

Truman Capote



Falei pouquíssimo de Capote no blog. Sei lá. Fui ver agora e só havia 4 postagens. Coisa louca porque adoro o cara. No meu curso de literatura americana da semana passada, selecionei este trecho do "A sangue Frio":

"Perry tinha a sensação de que vivia 'no fundo do mar' - talvez porque o Corredor da Morte geralmente fosse cinzento e silencioso, como as profundezas oceânicas, sem nenhum som além dos roncos, tosses, do arrastar de chinelos, do rumor emplumado dos pombos em seus ninhos nas muralhas da prisão. Mas nem sempre. 'Às vezes', escreveu Dick numa carta à sua mãe, 'não dá para ouvir nem os meus próprio pensamentos. Eles trancam prisioneiros nas celas do andar de baixo, que eles chamam de Buraco, e muitos deles estão enfurecidos e alguns, ainda por cima, são loucos. Ficam xingando e berrando o tempo todo. É insuportável, e todo mundo fica aos gritos mandando eles calarem a boca. Eu queria que você me enviasse uns tampões para os ouvidos. Mas eles não iam deixar eu usar. Nenhum descanso para os maus."

Mais informações sobre toda a loucura que foi a escrita dessa obra, aqui.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

The more I owe you



Voltando ao livro de Michael Sledge sobre a Elizabeth Bishop:

"After Lota, and after Brazil, she will love other people and other places, but it will be a different species of love, so different she will wonder if the feeling can be called by the same word."


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Twitter

"I discover myself on the verge of a usual mistake."

Daqui: @QuotablePoets, no twitter.

Achei verdadeiro. Dizem que é do Whitman, mas nunca se sabe.

domingo, 6 de novembro de 2011

Grande sertão: veredas



Estou preparando uma aula sobre turismo e literatura que darei para um grupo de professores na próxima sexta. É tudo muito bom. Tem tanta, mas tanta coisa pra falar. Falarei também de Grande Sertão. É sempre lindo. E relendo alguns trechos do livro, quase choro com:

"Deixei meu corpo querer Diadorim; minha alma? Eu tinha recordação do cheiro dele. Mesmo no escuro, assim, eu tinha aquele fino das feições, que eu não podia divulgar, mas lembrava, referido, na fantasia da idéia. Diadorim - mesmo o bravo guerreiro - ele era para tanto carinho: minha repentina vontade era beijar aquele perfume no pescoço: a lá, aonde se acabava e remansava a dureza do queixo, do rosto... Beleza - o que é? E o senhor me jure! Beleza, o formato do rosto de um: e que para outro pode ser decreto, é, para destino destinar... E eu tinha de gostar tramadamente assim, de Diadorim, e calar qualquer palavra. Ela fosse mulher, e à-alta e desprezadora que sendo, eu me encorajava: no dizer paixão e no fazer - pegava, diminuía: ela no meio de meus braços!"

É para o destino destinar...

sábado, 5 de novembro de 2011

Feliz

Hoje é um dia mais feliz. Depois de uns 3 anos sem discutir literatura na sala de aula, organizei um bate-papo na minha empresa sobre literatura americana. E foi tão bom discutir, rever autores, poemas e etc.

Agora estou pensando em organizar um book club ou um grupo de discussão para o ano que vem. Quem sabe?

O que seria da gente sem a literatura? Não é mesmo, Walt?

"I am the poet of the body and I am the poet of the soul."


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

The bluest eye



"What is clear now is that of all of that hope, fear, lust, love, and grief, nothing remains but Pecola and the unyielding earth. Cholly Breedlove is dead; our innocence too. The seed shriveled and died; her baby too.

There is really nothing more to say - except why. But since why is difficult to handle, one must take refuge in how."

Nem vou comentar...ai ai ai ai.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Surprise surprise!



Começando o mês com uma surpresinha fofa. Estava eu ontem andando na livraria e vejo "Religião para ateus" do Alain de Botton. No dia anterior tinha visto no site que a previsão para o lançamento do livro (em inglês) era março de 2012. Oi? Fui lá falar com o vendedor e ele viu a mesma coisa e achou estranho da mesma maneira. Cada coisa, não?

Além disso, o livro em português custa R$ 16,00 (Oi? x2).

Desnecessário dizer que já estou lendo e curtindo. Um trechinho da página 26:

"Por mais isolados que tenhamos nos tornado, evidentemente não abandonamos toda a esperança de construir relações. Nos solitários cânions da cidade moderna, não existe emoção mais estimada que o amor. Entretanto, não se trata do amor sobre o qual a religião fala, tampouco a expansiva e universal irmandade da humanidade, é uma variedade mais ciumenta, restrita e, no fim, mais mesquinha. É um amor romântico, que nos põe em uma busca maníaca de uma única pessoa com quem esperamos conquistar uma comunhão completa e para toda a vida, uma pessoa em particular que nos dispensará de qualquer necessidade por gente em geral."

Que lindo, minha gente.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia D



Hoje, todo mundo já sabe, é aniversário do poeta.

SENTIMENTAL

Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.

Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!

-Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!

Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
"Neste país é proibido sonhar."


Lindo.

Obs: E todos os livros do Drummond com desconto lá na Livraria Cultura....

sábado, 29 de outubro de 2011

Alain de Botton



Amo este escritor. Parece que está lançando (ou lançará) um livro chamado "Religion for atheists." Já adorei.

E do livro: "A week at the airport":

"There is no one, however lonely or isolated, however pessimistic about the human race, however preoccupied with the payroll, who does not in the end expect that someone significant will come to say hello at arrivals."

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Mais "By nightfall"

Sem dúvida uma das melhores coisas que li este ano. Tem que ler em inglês. Mas tenho curiosidade em saber se no português a coisa é tão linda assim. Se alguém souber, avisa.

"And so, Peter had imagined he could be swept off, could ruin the lives of others (not to mention his own) and yet retain some aspect of blamelessness because passion trumps everything, no matter how deluded, no matter how doomed. History favors the tragic lovers, the Gatsbys and the Anna K.s, it forgives them even as it grinds them down. But Peter, a small figure on an undistinguished corner of Manhattan, will have to forgive himself, he´ll have to grind himself down because it seems no one is going to do it for him. There are no gold-leaf stars painted on lapis over his head, just the gray of an unseasonably cool April afternoon. No one would do him in bronze. He, like all the multitudes who are not remembered, is waiting politely for a train that in all likelihood is never going to come."

Página 221.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Mark Twain



Comprei uma revista especial sobre Mark Twain quando estava nos EUA em junho. Tinha só dado uma olhada por cima e agora estou vendo com mais carinho. É linda. Imagens (essa aí acima é da primeira página) e textos inéditos. E o editor brinca, na introdução, que se algum gênio da lâmpada desse a ele uma oportunidade de encontrar com qualquer americano que já viveu, ele teria escolhido Mark Twain para uma conversa. Acho que eu ficaria entre ele e o Whitman. Mas com Mark Twain, sem dúvida, a conversa seria muito, muito engraçada.

domingo, 23 de outubro de 2011

Loucura



Hoje é o dia de mostrar os livros que estão sendo lidos ou estão na fila de espera.

Dêem uma olhada na foto. Tenho problemas? Sim ou com certeza?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Canção de ninar meu bem



De Vinícius e Baden:

"Hoje a lua despiu seu véu
E flutua a dormir no céu
Na canção que de mim nasceu
Meu amado adormeceu

Meu amado adormeceu


Dorme, meu amor

Como no céu a lua
Tu serás sempre meu

E eu só tua

Dorme, amigo, que a poesia
É um mistério que não tem fim

Dorme em calma
Que assim, um dia
Dormirás para sempre em mim
Dormirás para sempre em mim."


Vinícius de Moraes. Livro de Letras. Companhia das Letras.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ensaios e anseios crípticos

Trecho inicial do ensaio "O nome do poema":

"Um dia, no apartamento de Caetano Veloso, o bardo baiano máximo apresentava para vários amigos e para mim uma música que tinha acabado de fazer, e que começava, 'um índio descerá de uma estrela brilhante, colorida'...

A música, uma maravilha.

Caetano só disse que precisava de um nome para ela.

Então, eu falei: acho que o melhor nome para uma música são as suas primeiras palavras, para facilitar quem quiser cantar. Acrescentei, até hoje não me conformo que o Hino Nacional não se chame 'Ouviram'.

Caetano gostou da idéia, e a música se chamou, claro 'Um índio', e eu fiquei feliz de poder dar alguma coisa a alguém que sempre me deu tanto, em matéria de poesia, música e sabedoria de viver."

Não é o máximo?

domingo, 16 de outubro de 2011

Segundas intenções


No final da introdução do livro, Nilton Bonder fala o seguinte:

"Talvez você, leitor, se convença - como tento eu no esforço de escrever este livro - de que nos é mais cara a existência do que a presença; de que a primeira é mais suscetível a nos ser subtraída do que a segunda; e de que na vida a essência verdadeira está no uso, e não na posse."

A essência está no uso, e não na posse. Minha frase favorita so far.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Nelson Rodrigues



Trecho inicial da crônica "Meditação sobre o impudor", publicada no jornal "O Globo" em 19 de maio de 1972.

"De vez em quando, alguém me chama de flor de obsessão. Não protesto, e explico: - não faço nenhum mistério dos meus defeitos. Eu os tenho e os prezo (estou usando os pronomes como o Otto Lara Rezende em sua fase lisboeta). Sou um obsessivo. E aliás, que seria de mim, que seria de nós, se não fossem três ou quatro idéias fixas? Repito: não há santo, herói, gênio ou pulha sem idéias fixas.

Só os imbecis não as têm. Não sei por que estou dizendo isto. Ah, já sei. É o seguinte: - recebo carta de uma leitora. Leio e releio e sinto a irritação feminina. E, justamente, a leitora me atribui a idéia fixa do umbigo. Em seguida, acrescenta: - 'Isso é mórbido ou o senhor não desconfia que isso é mórbido?' Corretíssima a observação. Realmente, jamais neguei a cota de morbidez que Deus me deu."

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Leitura

Norah Ephron, escritora e roteirista americana, escreve o seguinte sobre leitura:

"Reading is escape, and the opposite of escape; it´s a way to make contact with reality after a day of making things up, and it´s a way of making contact with someone else´s imagination after a day that´s all too real. Reading is grist. Reading is bliss."

Lindo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Novo Leminski


Estava eu andando pela Livraria Cultura toda lépida e faceira quando encontro este livro. Ensaios do Leminski, agora pela Editora Unicamp. Felicidade.


sábado, 8 de outubro de 2011

Estrela



"procura, então, tem cura?
há quem diga que prevalece a loucura
há quem veja na pergunta
o ponto chave e o buraco da fechadura
mas a dúvida perdura
se há uma palavra que te possua

ainda que precavidos
de prerrogativas e abismos
estamos bem servidos

por esses achados
somos perdidos."

Amo este livro de poesias. Ah essa família...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Michael Cunningham



Estou amando "By nightfall", novo livro do Cunningham, escritor de "As horas". Trecho da página 22:

"Peter, however, didn´t want to live in basements. He wanted to be a wheeler and dealer (as some would call him), a denizen of the present, though he can´t quite live in the present; he can´t stop himself from mourning some lost world, he couldn´t say which world exactly but someplace that isn´t this, isn´t streetside piles of black garbage bags and shrill little boutiques that come and go. It´s corny, it´s sentimental, he doesn´t talk to people about it, but it feels at certain times - now, for instace - like his most essential aspect: his conviction, in the face of all the evidence to the contrary, that some terrible, blinding beauty is about to descend and, like the wrath of God, suck it all away, orphan us, deliver us, leave us wondering how exactly we´re going to start it all over again."

Estava pensando em cortar uma parte, mas o parágrafo faz tanto sentido assim inteirinho...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mar demais



De Lya Luft:

"O mar das nossas viagens
divide horizonte e cais,
e nos dois lados acena
a opção de ir ou ficar.
Quem navega, não pensa
em perda nem permanência:
só busca o caminho das ondas
e do ar.

O mar da esperança é fundo,
quem nele navega é rei:
pois se estrelas são miragem
entre cais e horizonte, cada viagem
chega mais perto da fonte:
isso não se pode medir nem
mudar."

Tem como não amar poesia, gente???

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

+ Martin Luther King Jr.

Tenho um livro lindo de citações dele. E tantas coisas que quero colocar aqui. Mas vamos aos poucos:

"I have decided to stick with love. Hate is too great a burden to bear."

Boa semana, leitores queridos.

domingo, 2 de outubro de 2011

Tchick



Sempre quando alguém diz que um livro foi inspirado em "O apanhador no campo de centeio", ou que tem as mesmas características, ou qualquer coisa do gênero, eu fico, obviamente, curiosa.

Este é de um alemão, chamado Wolfgang Herrndorf. Faltam umas 40 páginas para eu acabar. É legalzinho e lembra um pouco sim. Mas sei lá, nada se compara com o Catcher. Ou também, há sempre a possibilidade da minha chatice imperar e eu implicar com todos. Coisa que acontece de maneira bastante frequente, no caso.

sábado, 1 de outubro de 2011

Dorothy Parker



Light of Love

"Joy stayed with me a night -
Young and free and fair -
And in the morning light
He left me there.

Then Sorrow came to stay,
And lay upon my breast;
He walked with me in the day,
And knew me best.

I´ll never be a bride,
Nor yet celibate,
So I´m living now with Pride -
A cold bedmate.

He must not hear nor see,
Nor could he forgive
That Sorrow still visits me
Each day I live."

Pequeno glossário esclarecedor:
Joy - alegria;
Sorrow - tristeza;
Pride - orgulho.

Coisa linda de poema. Não é dos mais animados para o início de outubro, mas...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Paulo Leminski



"Eu, hoje, acordei mais cedo
e, azul, tive uma idéia clara.
Só existe um segredo.
Tudo está na cara."

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sophia



Para começarmos bem a semana: Sophia.

"LIBERDADE
O poema é
A liberdade


Um poema não se programa
Porém a disciplina
- Sílaba por sílaba -
O acompanha

Sílaba por sílaba

O poema emerge
- Como se os deuses o dessem

O fazemos"

domingo, 25 de setembro de 2011

Dica

Já falei aqui sobre o livro do Michael Sledge "The more I owe you". E agora saiu em português com o título "A arte de perder" - que é a tradução do título do poema mais famoso da Elizabeth Bishop. Vale. Vale. E a delicadeza do autor? Uma coisa linda.

sábado, 24 de setembro de 2011

e.e. cummings e Augusto de Campos



Tradução de poesias é a coisa mais complexa que tem. Tradução de poesias do e.e. cummings - beirando o impossível.

Estou lendo os poemas do e.e.cummings traduzindos pelo Augusto de Campos. Saiu pela editora da Unicamp. Cada poema, cada tradução e eu digo - nossa!

E vamos lá:

un(bee)mo

vi
n(in)g
are(th
e)you(o
only)

asl(rose)eep

E Augusto de Campos:

i(abe)mó

v
e(lha)l
você(n
a)está(ú
nica)

dorm(rosa)indo

Estou adorando.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Ana C e poesia



"Cabeceira

Intratável.
Não quero mais pôr poemas no papel
nem dar a conhecer minha ternura.
Faço ar de dura,
muito sóbria e dura,
não pergunto
'da sombra daquele beijo
que farei?'
É inútil
ficar à escuta
ou manobrar a lupa
da adivinhação.
Dito isto
o livro de cabeceira cai no chão.
Tua mão que desliza
distraidamente?
sobre a minha mão"

Adorei: manobrar a lupa da adivinhação.

A Teus Pés. Instituto Moreira Salles. Página 65.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Carta



Trecho de carta escrita em 27 de janeiro de 1992.

"Fiquei tão só, aos poucos. Fui afastando essas gentes assim menores, e não ficaram muitas outras. Às vezes, nos fins de semana principalmente, tiro o fone do gancho e escuto, para ver se não foi cortado. Não foi. Então me sinto protagonista de um filme chamado Criaturas que o mundo esqueceu."

domingo, 18 de setembro de 2011

Ana C.



Lá fora

há um amor
que entra de férias.
Há um embaçamento
de minhas agulhas
nítidas diante
dessa boa bisca
de mulher.
Há um placar
visível em altas horas,
pela persiana deste hotel,
fatal, que diz: fiado,
só depois de amanhã
e olhe lá,
onde a minha lâmina
cortante,
sofrendo de súbita
cegueira noturna,
pendura a conta
e não corta mais,
suspendendo o pêndulo
De Nietzsche ou Poe
por um nada que pisca
e tira folga e sai
afiado para a rua
como um ato falho
deixando as chaves
soltas
em cima do balcão."

Ana Cristina César. A Teus Pés.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Clarice


Trecho de crônica publicada em 14 de outubro de 1967.

"DIES IRAE

Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece."

A descoberta do mundo. Clarice Lispector.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Elaine e novo livro



Entro para dizer duas coisas: que tenho um novo livro com novo título favorito: Grammar for the soul. Coisa linda, não? Estava querendo há tempos. Aqui não chegava. Pedi lá de fora. Meu priminho mandou.


Segunda coisa: adoro que este blog virou conversê meu e de minha praticamente comadre, Elaine.

Beijos, florzinha.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mais Michael Sledge



Fiquei dois dias achando que não ia mais ter blog. Decidida não? Pois é. Li isso hoje e achei lindo.

"Then she read the dedication.

For Lota de Macedo Soares ...
To give you as much as I have and as much as I can,
The more I pay you, the more I owe you.

Camões, Elizabeth said.

Lota tried to speak. She couldn´t make any sound. She felt unbearably, painfully moved. She tried to speak again, and a sob burst from her. She wept, holding the book away so that her tears would not damage it."

Coisa linda.

sábado, 10 de setembro de 2011

Cadê?

Tem alguém aí? aí? aí? aí? aí?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Lya Luft



"DIZENDO ADEUS


Estou sempre dando adeus:

também ao desencontro e ao
desencanto.

Estou sempre me despedindo
do ponto de partida que me lança de si,
do porto de chegada que nunca é

aqui.

Estou sempre dizendo adeus:

até a Deus,

para o reencontrar
em outra esquina
de adeuses.

Estarei sempre de partida,
até o momento de sermos deuses:
quando me fizeres dar adeus à solidão e
à sombra."


Para não dizer adeus. Página 15.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Segundas intenções

E diz Nilton Bonder:

"Não é tanto o que me dói que me assusta, mas o que pode doer!", diz o Eu vestido de alma.

Segundas inteções - vestindo o corpo moral.

sábado, 3 de setembro de 2011

Mais Estrela


sempre há
um luar

acimadessanoitenublada




Estrela Ruiz Leminski.
Sempre há.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Definições de poesia

E no livro lindo do Michael Sledge que eu já falei aqui: "The more I owe you", a explicação de Elizabeth Bishop sobre poesia:

"Poetry should be so present and constant to the poet that it intrudes upon all other thoughts and experiences. One´s art should act as the prism through which all of life might be thoughtfully observed."

Observação - postagem número 600. Olha que fofo, gente!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Random



Peguei o "Caprichos e relaxos" que está na prateleira acima da minha pessoa, abri uma página e li o seguinte:

"dia
dai-me
a sabedoria de caetano
nunca ler jornais
a loucura de glauber
ter sempre uma cabeça cortada a mais
a fúria de décio
nunca fazer versinhos normais."

Ainda mais um dia para agosto acabar, né?

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Poem-a-day

Recebo um poema por dia há algum tempo. Cadastro no site: poets.org. Confesso que na maioria dos dias nem presto atenção, mas em algumas ocasiões, chegam coisas muito legais. Como este, do William Carlos Williams:

"The hurricane

The tree lay down
on the garage roof
and stretched, You
have your heaven,
it said, go to it."


sábado, 27 de agosto de 2011

Six-word memoirs

Deste projeto aqui. Sempre interessante.

"He sees the me I don´t."
Mary Catherine Hamelin

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sophia



Cada vez que leio os poemas de Sophia descubro algo interessante. Já li e reli este livro aqui acima. Mas é cada coisa.

"CATILINA
Eu sou o solitário e nunca minto.

Rasguei toda a vaidade tira a tira

E caminho sem medo e sem mentira
À luz crepuscular do meu instinto.


De tudo desligado, livre sinto

Cada coisa vibrar como uma lira,
Eu - coisa sem nome em que respira
Toda a inquietação dum deus extinto.


Sou a seta lançada em pleno espaço

E tenho de cumprir o meu impluso,
Sou aquele que venho e logo passo.


E o coração batendo no meu pulso

Despedaçou a forma do meu braço

Pra além do nó de angústia mais convulso."

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Caio

Faz tempo que não falo das cartas do Caio. Trecho de uma escrita em 18 de abril de 1985.

"Já leste carta tão besta? Pois é, vai saindo. Nas minhas obras póstumas, você jura que elimina as mais imbecis?

A solidão às vezes é tão nítida como uma companhia. Vou me adequando, vou me amoldando. Nem sempre é horrível. Às vezes é até bem mansinha. Mas sinto tão estranhamente que amor acabou [...] Repito sempre: sossega, sossega - o amor não é para o teu bico."

domingo, 21 de agosto de 2011

No início de uma carta escrita em 14 de março de 1980, Leminski escreve assim:

"caríssimos!
(vocês sabem que os títulos nobiliárquicos em superlativo, tipo reverendíssimo, excelência altíssima, meritíssimo, alteza sereníssima, são de origem bizantina, passando ao ocidente através de Veneza, por sua vez, a sereníssima república. nada impede que a gente meta coração em velhas fórmulas)."

Adoro a última frase.

"Uma carta uma brasa através."
Ed. Iluminuras.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mais Estrela

"se não pode sentir sinto muito
se não pode dizer tá falado
se não dá pra explicar falou
se não pode pensar podou
se não tem arremedo que remédio
se não pode ter não tem tédio

se a vida é cheia demais
o amor é cheio de vãos
o que seria de nós
sem esses senãos."

Cada coisa linda, não? "Poesia é não".

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Site

Descobri mais um site legal. Cliquem aqui. Tantas coisas, não? E também li a frase:

"Distance doesn´t ruin a relationship. Doubts do."


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Segundas intenções

Acabei o livro do Nilton Bonder. Complexo. Muito bom. E na página 118:

"Pela vestimenta manifestamos uma honestidade que proclama: 'quem está aqui presente não sou eu, mas meu sujeito vestido de segundas intenções! para conhecer a verdade de minha nudez não se iluda por este Eu que me representa, ele é sinal de minha presença e também de minha ausência."

domingo, 14 de agosto de 2011

The more I owe you



Comprei este livro no mês passado e ele era o próximo da fila. Michael Sledge recria a vida de Elizabeth Bishop aqui no Brasil, com a sua companheira Lota de Macedo Soares. E na página 14:

"When did you mark the beginning, the moment the wheels were set in motion? At the first meeting of eyes, the formal introduction with names? Or later, when the inevitability of something more could no longer be denied, when it had to be spoken aloud?"

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Um pouco de Ana C.

"Não adianta".

Antes havia o registo de memórias
cadernos, agendas, fotografias.
Muito documental.

Eu também estou inventando alguma coisa
para você.
Aguarde até amanhã.

Uma vez ouvi secamente o chega pra lá
e pensei: o mundo despencou

quem teria a chave?
Chamem os bombeiros, gritou Zelda.

Alegria! Algoz inesperado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Descoberta



Comprei este livro no fim de semana e li ele todo ontem. Sabe quando você pega um livro de poesias e lê inteiro em uma tacada só? Uma delícia. Pois é. Desnecessário explicar quem é a moça.

"temos em comum
uma toalha bordada
fotos escondidas
uma data desmarcada
assuntos evitados

juntos cultivamos
uma raiva contida
mágoas alimentadas
a ferro, fogo e água

para cada um restou
um nó na garganta
um aperto no peito
um estômago virado

temos sobretudo
esse imenso, memorável
decorado e incensado
nada
de coisa
alguma"


domingo, 7 de agosto de 2011

Elogios e Nelson

Nelson Rodrigues, em uma certa ocasião, lê um artigo de Manuel Bandeira no qual o autor é mais do que elogiado. E assim:

"E ninguém poderia imaginar que eu estava prodigiosamente embriagado de mim mesmo. Eu, eu, eu, eu. Se a mulher amada me aparecesse, não a reconheceria; e, se a reconhecesse, passaria adiante."

Excelente.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Segundas Intenções

E um trechinho do livro "Segundas Intenções: vestindo a alma moral" do Nilton Bonder:

"A vida nos levará ao chão quando, com o peso da Verdade, não pudermos mais alçar vôos pela alma. E também nos levará ao vazio quando, leves demais, perdermos contato com a densidade dos fatos do corpo. A alma fere o corpo com traições morais e o corpo fere a alma com verdades."

Página 110.

Bom final de semana, queridos leitores.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

3 anos

3 anos de blog hoje. Comecei em 03 de agosto de 2008. Eu não achava que ia conseguir escrever com no máximo poucos dias de intervalo, mas estou aqui sempre. Fico tão feliz. Pensei em colocar alguma poesia de um dos autores que gostamos ou outro texto ou sei lá. Mas não vou colocar nada em especial porque amo tanto estas pessoas que estão aqui comigo. Não vou escolher entre Whitman, Leminski, Lya Luft, Caio, Ana Cristina César, Alice Ruiz, Veríssimo, Hemingway, Dorothy Parker e a galera.


VIVA A LITERATURA!!

O que seria da gente sem ela?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Para atravessar agosto

Sugestões para atravessar agosto, por Caio F. Abreu.

"É preciso antes de mais nada paciência e fé." E por aí vai... é só olhar aqui.

Vi no @cfernandoabreu.

Que o nosso mês de agosto seja lindo.

domingo, 31 de julho de 2011

Poesia

Lya Luft para encerrar o mês:

ESCOLHA

"Apesar do medo
escolho a ousadia.
Ao conforto das algemas, prefiro
a dura liberdade.
Vôo com meu par de asas tortas,
sem o tédio da comprovação.

Opto pela loucura, com um grão
de realidade:
meu ímpeto explode o ponto,
arqueia a linha, traça contornos
para os romper.

Desculpem, mas devo dizer:
eu
quero o delírio."

Amo este poema. Eu quero o delírio. Oi?

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Novo


Claro que o filme do Woody Allen "Meia-noite em Paris" está fazendo todo mundo lembrar do povo: Fitzgerald, Hemingway e por aí vai. A gente lembra sempre. A minha última aquisição foi este livro de cartas do Hemingway. Coisa linda. Eu e Elaine gostamos sempre de cartas......

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Continuando

Estou apaixonada pelo livro que falei no post anterior. Sabe a delicadeza de uma pessoa ao falar do amor que ela sente pelos livros? Pois é. E na página 101:

"We are what we love to read, and when we admit to loving a book, we admit that the book represents some aspect of ourselves truly, whether it is that we are suckers for romance or pining for adventure or secretly fascinated by crime."

Nina Sankovitch. Tolstoy and the purple chair.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Novo livro


Tinha lido uma review há uns meses atrás e comprei este livro nos EUA. A autora em dado momento da vida, depois de perder a irmã, decide ler um livro por dia. Comecei agora e estou curtindo bastante. Fora o título que é lindo. E a capa. Criar títulos interessantes: uma arte.

sábado, 23 de julho de 2011

Coisas

Coisas lindas que a gente descobre por aí....

http://bookfessions.tumblr.com/

Por onde vocês andam?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sobre amizade

Nelson Rodrigues escreveu:

"É curiosa a progressão fulminante de certas amizades."

Concordo - progressão para o amor imediato e também para o término.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Emily Dickinson



Não sou uma pessoa romântica por natureza. Mas gosto muito desse poeminha da Emily Dickinson:

XXXVII

"Love is anterior to life,
Posterior to death,
Initial of creation, and
The exponent of breath."